quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Alma cansada da vida passageira...



Não te haverás de surpreender
Se vida por fim deixares cair;
Por onde passas odes te concedam
Impérios que hão de ruir.

Julgas-te morta, carne saudosa,
E tua vida se eclipsa nesse porvir;
Com todas as tuas desgraças, mulher,
Como consegues sorrir?

Não vês, então, que te apontam?
Que o único a quem preocupas sou eu?
Mas tu, carne morta, tão doentia,
Perdeste-te no próprio véu...

E tu, nesse vagaroso caminhar
Que descanso não desfruta,
Pois tempo se tem infinito
Que caminhos não cessam,
Perdes teu tempo nessa árdua labuta
Sem esperança de renovação!

Ainda que mão vil queira amparar-te;
Ainda que boca maldita queira beijar-te,
Estás para sempre submersa
Nessa vida eterna de disparates.

2 comentários:

  1. Lindo poema!
    Parabéns, o blog está lindo!
    Muito obrigada por seguir meu blog.
    Sempre grata e honrada com sua visita.
    Venha sempre que desejar e será sempre bem vinda!
    Também te sigo com carinho!

    Um abraço.

    Marion

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  2. Olá,
    escreve mais, seu trabalho é lindo!
    Parabéns!
    Ótimo final de semana!

    Um abraço.

    Marion

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